terça-feira, 19 de agosto de 2008

Não me visto.
Olho a pele brilhante dos joelhos dobrados e a secura do sol, sal e água nas pernas e nos pés. A pouca luz mostra-me um carreirinho de pêlos loiros e ainda vejo as sardas salpicadas nos ombros.
O frio vai chegando pelos pés e tornozelos ao mesmo tempo que cai nos ombros e desce pelas costas.
Encolho-me.
Sinto o calor das pernas entrelaçadas uma na outra, da barriga e do peito deitados nas coxas e do braço que envolve o outro quando as mãos não escrevem.
Não chega e os arrepios ganham pele.
Mas não me quero vestir..
Ainda que na penumbra de um lugar escondido, assim sinto melhor o abraço do sol.

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