segunda-feira, 11 de junho de 2012

Hoje percebi de outra maneira o que é amar a minha condição, as minhas várias condições, e, por isso, ser livre.
A minha alma é a torre de Babel..

domingo, 10 de junho de 2012

Não tenho problemas de concentração. Estou completamente concentrada em ti!

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Esquivez

Por favor, não olhes para mim.. Não sorrias como se visses personificado o sentido do dia a dia quando me vês.. E não me mostres que vales a pena, que és de uma mansidão e imensidão como o mar e que até podíamos começar a ser mais um no outro..
Não me provoques para me segurar, porque eu não te quero.
Tocas os buracos mais recônditos do meu pensamento e dez minutos contigo deixam-me uma sensação de inalação abusiva de naftalina para o resto do dia..
Atordoas-me. Não jogo no teu campeonato.
Preciso de ler mais outra vez.. Quero escrever e sinto-me a zurrar..
Há pessoas que me encantam e que me ajudam a ter um bocadinho desse encanto!

Provocações

Tu e eu vamo-nos meter em trabalhos. Antes fossem forçados, que ao menos lavava as minhas mãos e assim só me vejo a sujá-las.
Tu e eu temos um problema muito claro que são os pés. Gostamos de andar descalços no limite do vulcão.
Tu e eu vamo-nos queimar..

Como a areia

Incomodas-me. Tenho de perceber que é isto que acontece: incomodas-me. Quando te mexes, mexes-me. Que partes de nós nos cosemos? Tu não falas para mim: é quase sempre uma agressão, uma entrada forçada em casa. E os pontos, por não se descoserem, apertam a pele.
Não dá. É evidente que não dá e, ainda assim, há uma atracção pela fatalidade destinada a ser o nosso caso.
Não venhas, nem perguntes, nem penses que é por ti ou para ti. A tua importância é tão indefinível que nem me chega a incomodar (não?! Então, afinal, não me incomodas?!).
É isto! Um sim e não constantes, um não querer querendo, um riso com sabor a fel e uma provocação como um beijo. Não dá e não tenho mais nada a dizer desta vez! A não ser que sei que vamos voltar aqui, porque não deixamos de estar neste exacto ponto.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Último

Podem-me falar do amor, que eu já o vi.
Chegou e não disse nada.
Deitou-se de lado, à minha frente, no horizonte do meu olhar, numa cadência única de respiração, e não disse nada.
Acredito nele porque o vi e não pelo que podia ter dito.
Vi-o claramente no fundo de um silêncio eterno que perpetua em mim a memória num eco interminável de dor pulsante.
E se fechar os olhos volto a ver (sim, a ver) essa certeza de que há alguma coisa maior que as palavras, que o corpo, que a matéria, que a própria dor.
Vi o amor e não sei dizer mais que isto: quero-o.