sexta-feira, 8 de junho de 2012

Como a areia

Incomodas-me. Tenho de perceber que é isto que acontece: incomodas-me. Quando te mexes, mexes-me. Que partes de nós nos cosemos? Tu não falas para mim: é quase sempre uma agressão, uma entrada forçada em casa. E os pontos, por não se descoserem, apertam a pele.
Não dá. É evidente que não dá e, ainda assim, há uma atracção pela fatalidade destinada a ser o nosso caso.
Não venhas, nem perguntes, nem penses que é por ti ou para ti. A tua importância é tão indefinível que nem me chega a incomodar (não?! Então, afinal, não me incomodas?!).
É isto! Um sim e não constantes, um não querer querendo, um riso com sabor a fel e uma provocação como um beijo. Não dá e não tenho mais nada a dizer desta vez! A não ser que sei que vamos voltar aqui, porque não deixamos de estar neste exacto ponto.

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