sexta-feira, 12 de março de 2010

Mais leituras - Raoul Follereau

Vive é nada: é preciso amar. Porque amar é rezar: o amor é um baptismo.

O egoísta é triste, o egoísta tenta mostrar cara feliz. Porém, no meio das suas alegrias fictícias, ele dá conta, com angústia, de que a sua vida é melancólica e absurda: desumana.

Dar sem amar é uma ofensa.

A riqueza que vos deixo é o bem que fiz.

O amor tudo pode vencer.

E tudo pode curar.

O acto de amor, mesmo humanamente inútil, une-nos a Deus.

Ninguém tem o direito de ser feliz sozinho.

Saber, sem saber amar, é nada.

E, por vezes, é pior que nada.

Caridade: não esmola. Não essa oferta desdenhosa que se deixa cair "de cima para baixo" e que, se ofende quem a recebe, desonra certamente quem a dá.

É necessário ter-se feito muito para compreender que não se fez bastante.

A felicidade é a única coisa que estamos certos de possuir quando partilhámos.

O Paraíso é poder adormecer à noite e pensar que todos os outros são felizes.

Amar ou desaparecer: não há outra escolha.

O que tenho é o que eu dei.

...Então, já que é tão complicado ser justos, tentemos, antes de mais, ser bons...

Eu creio que o vencedor é aquele que se dá.

Na felicidade, sede irmãos. Na dor, sede homens.

Aquilo de que temos mais certeza cá em baixo é que os outros precisam de nós.

Amar o próximo como a nós mesmos... Esforcemo-nos, para começar, para não nos amarmos a nós mesmos à custa do próximo.

Não se ama para se ser feliz.

Fazer o bem não é impô-lo, menos ainda impor-se.

Mas, muito simplesmente, muito humildemente, oferecer, e, por vezes, oferecer-se, ver-se posto de lado.

Depois de termos amado muito os outros, temos o deireito de ter um pouco de compaixão de nós mesmos.

Todo o amor semeado, cedo ou tarde florescerá.

2 comentários:

Nice disse...

Que maravilha de partilha!Obrigracias!

Anónimo disse...

Deleitada! Realmente, o Raoul é grande! E tu, idem! Ganda beijo. Grata pela partilha! ;)