terça-feira, 15 de março de 2011

Olhares

Às vezes sinto-me uma terra a descobrir e olham-me como indígena de mim mesma. O ser novo, estranho, diferente. Que é alguém e eles não sabem. Como nos Descobrimentos.

Serões da Província

(...) Cada vez mais se confirmou a minha convicção de que é antes para comover do que para rir o espectáculo de um velho apaixonado. E o que eu julgo que nós todos devemos pedir a Deus é que nos não dê longa vida ao coração, se isto de paixões tem alguma coisa com ele, para que não seja o último a morrer.

Júlio Dinis

Humano

Dir-se-ia a personificação de um capricho, mas de um desses caprichos que, se com exigências nos revoltam, com atractivos nos desarmam.

Júlio Dinis

Tábua rasa

A resposta é simples: ir esvaziando para ir enchendo; estar receptivo como as crianças.

Uma flor de entre o gelo

Do todo é que procede o encanto, uma vista única o concebe, um estudo minucioso desconhece-o.
Pintam-se as flores, mas os perfumes subtraem-se ao pincel; (...) a mais exacta descrição não o pode reproduzir.

Júlio Dinis

quarta-feira, 9 de março de 2011

Recorrentes

Porque é sabido que os disparates também encerram instrução.

Júlio Dinis

Os novelos da tia Filomena

A balda dos rapazes naquele tempo eram estas aspirações a profundos conhecedores do coração humano.
Júlo Dinis